Deus tem muitos propósitos em tudo o que faz. Alguns dos propósitos dele são óbvios, como revelar a Sua santidade para o homem, como Ele deve ser adorado e como o homem precisa tratar o seu semelhante. Estes são os padrões justos de Deus, que transformaram a Cultura Ocidental e foi a base para a lei civil e moral de toda a Sociedade Ocidental. Um dos primeiros propósitos da Lei era declarar o que é certo e o que é errado, o que Deus abençoa ou o que Deus condena no comportamento pessoal ou coletivo.
Quando olhamos mais a fundo a Palavra de Deus, vemos que Ele nos deu muitas sugestões e vislumbres no Antigo Testamento acerca do propósito em dar a lei para o homem, e a Sua revelação direta para os Apóstolos no Novo Testamento acerca do que Ele quer ensinar em Sua Lei.
O Apóstolo Paulo declarou em Romanos a razão da Lei:
Rm 3:19-20 “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.”
Se qualquer um tentasse obedecer a lei de todo o seu coração, e ser honesto diante de Deus, ele inevitavelmente e miseravelmente falharia, e teria o seu orgulho quebrado e sentiria a sua culpa diante de Deus. Quebrar o orgulho do espírito humano e criar um coração quebrantado diante de Deus era o propósito mais profundo da Lei.
Sl 51:16-17 “Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”
Davi aprendeu esta lição dolorosamente, como todos nós sabemos, e registrou isto no Salmo 51. Como Davi poderia dizer que Deus não desejava sacrifícios? Pasmem, afinal de contas, nós aprendemos sobre as ordens de Deus no sistema sacrificatório. Deus deseja acima disso, um coração honrado e humilde para adorara-lo em espírito e verdade.
Quando Jesus veio ao Seu próprio povo, Israel, Ele achou dois tipos de pessoas: os que haviam aprendido esta lição de quebrantamento, e aqueles que resistiram a isto em seu orgulho humano.
Jo 1:11-12 “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome;”
Dois Tipos de Pessoas
Quando Jesus veio para Israel, havia dois tipos de pessoas:
1. As que tinham sido quebrantadas pela Lei e tinham se humilhado por causa disto. Eles souberam que foram condenados pela Lei e encontraram n’Ele uma Fonte de redenção e o Salvador que desejavam.
2. As que viram isto, porém seus corações estavam endurecidos. Elas estavam orgulhosas de sua posição diante de Deus, e sentiam-se melhores que os outros, acreditando que estavam em primeiro lugar no Reino e mereciam ser honrados por Deus.
Os líderes religiosos judeus que Jesus chamou “de fariseus”, constantemente estavam tentando condenar a Jesus, porque Ele não se submetia às tradições orais e escritas dos Rabinos. Os líderes tentaram manter um estilo de vida ritualista e dedicado, que segundo eles, lhes garantia títulos e uma posição no céu. Eles tinham perdido o ponto central da Lei. Quando eles viram Jesus violando as suas tradições e se associando com certas pessoas que eram consideradas por eles como “imundas” sentiram-se intimidados:
Mt 9:11-13 “E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”
![iCatolica.com: Quem eram os fariseus?](https://2.bp.blogspot.com/-R036YAM7sqQ/V2vfQ7xvSsI/AAAAAAAASUo/c9YjjaHg5tkSWU_dVJRlvNQx-3Mg7B52gCLcB/s1600/0.jpg)
Jesus veio a eles e lhes disse: Ide, porém, e aprendei o que significa: “Misericórdia quero, e não sacrifício.” Eles não obedeceram. Eles não receberam o âmago daquilo que a Lei ensinava, que eles é que eram os pecadores, e que precisavam de um Salvador. Note que quando eles disseram “Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?”, eles estavam insinuando que eles próprios não tinham pecado. Jesus, em suma, lhes disse para ir e aprender na sua própria Torah, e então voltarem, quando eles aprendessem o significado da Lei e o seu propósito – que eles não eram sãos, mas precisavam de um Médico, que eles não eram justos, mas eram desesperadamente maus. O Sermão no Monte era, em sua essência destinado a humilhar todos os homens diante do perfeito estandarte do que Deus chama de “bom“.
Assim, há duas estradas que atravessam esta terra. A estrada da pessoa orgulhosa e a da pessoa humilde. Deus dá graça para o humilde mas Ele resiste ao orgulhoso. Esses que foram quebrantados pela Lei se reuniram a Ele porque Ele lhes ofereceu esperança. Eles sabiam que estavam doentes e que precisavam do grande Médico. Eles tinham aprendido a lição da Lei, que era “todos pecaram, e carecem da glória de Deus”. Todos são pecadores, e somente os que caminham pela fé em Deus são justificados aos Seus olhos, esses que aceitam a Sua graça.
Duas Estradas para o Céu
Assim há dois modos para receber salvação, de acordo com as Escrituras:
1. Viver uma vida perfeita, que somente o Filho de Deus teve.
2. Admitir que é decaído e que precisa de um Salvador
Assim, a Lei foi projetada para nos trazer a um quebrantamento. Não que nós vamos deixar de procurar a Lei. A Lei é inerentemente boa, nos revela a imagem de Deus. nos mostra a santidade d’Ele. Ele quer que nós tentemos obedecer a isto de todo o nosso coração, mas aqueles que tentam obedecer com todos os seus esforços e de todo o seu coração, descobrem que o seu melhor esforço é errar o alvo. Não é só um pouco, mas completamente longe do alvo. E aquele coração humilde e quebrantado debaixo do peso do padrão da perfeição divina, fica ávido pela redenção oferecida no sangue de Jesus Cristo, que oferece aceitação e salvação perfeita.
A Lei e o Novo Testamento
A maioria dos cristãos concordam que os Fariseus estavam no erro de pensar que eles poderiam cumprir a Lei perfeitamente, no erro de pensar que estavam justificados por Deus, por causa de suas obras justas. Ninguém pode se aproximar de Deus pelas suas obras. Mas nós podemos evitar de cometer o mesmo engano dos Fariseus, porque nós temos o Espírito de Deus dentro de nós, nos dando perfeita santificação, pois a Escritura ensina claramente que nós somos conformados na Sua imagem de glória em glória, e que isso é um processo vitalício. Embora nós tenhamos o Espírito de Deus em nós, há ainda uma guerra entre nossa natureza caída, a carne, e nossa natureza espiritual (Gálatas 5). Estas duas naturezas dentro de nós estão continuamente guerreando uma contra a outra, e a mudança é um processo que vem de pouco em pouco, uma área de nossa vida de cada vez.
Nenhum de nós já é perfeito. Nós precisamos nos humilhar desesperadamente. Esta é uma grande coisa aos olhos de Deus, pois Ele odeia “um olhar altivo.” Nós podemos nos tornar Fariseus do Novo Testamento, pensando que nós não somos mais carentes da misericórdia de Deus, e achando que já estamos sem pecado, e obedecendo a Ele por completo, mas Deus nos mostrará a nossa fraqueza.
Ele mostrou para Paulo a sua fraqueza, em 2 Coríntios 11. Paulo teve que aprender a mesma lição, que pela sua fraqueza, nele de manifestava o poder de Deus. Assim, possamos nós, apoiados com esses que, como no Sermão no Monte, choram e são consolados, que são o pobre de espírito e vêem o Reino de Deus, e se consideram sem merecimento algum, quebrantados, e em falta, e nos limpar e buscar o perdão diariamente e nunca fazer uma reivindicação de justiça própria, nem mesmo a retidão que vem através da santificação, ou uma retidão de escolhas próprias. As nossas escolhas precisam da graça de Deus, pois dependemos totalmente d’Ele, por causa de nossa natureza caída, e precisamos nos achegar diante de Deus humildemente, e pedir a Sua clemência a cada dia e agradecer a salvação que Ele nos deu.
Gratidão
Quando nós entendemos o propósito da Lei e ganhamos o conhecimento experimental de nossa própria natureza caída e nossa necessidade desesperada da graça de Deus, nosso caráter começa a assumir a natureza de Cristo, e o fruto do Espírito começa a se manifestar em nossas vidas, e não nos achamos melhores que os outros, acreditando que Deus deve recompensar a nossa retidão, mas pessoas gratas, gratas a Deus pelas riquezas da Sua misericórdia.
Lc 17:10 “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.”
‘Entregando a Lei’
Quando os Israelitas chegaram ao Monte Sinai, eles se acamparam na planície que estava abaixo dele. A vista do Sinai era tremenda. Este é um dos momentos mais importantes em toda a história do povo hebreu, pois aqui eles receberiam a revelação da lei de Deus, e a maneira de se achegar a Ele no tabernáculo. Hoje, o local foi identificada por alguns como a montanha conhecida como Jebel Musa (aproximadamente 1.828m de altura, a uma altitude de 2.385m acima do nível do mar), sendo esta a possibilidade mais aproximada da realidade.
Tradição Judaica
O Midrash diz, “Se a Torah tivesse sido determinada na terra de Israel, Israel poderia ter dito às nações do mundo: ‘vocês não tem parte’. Então a Torah foi entregue no deserto, ie., em público, para todos verem, e para todo o mundo que a deseja receber, lhes é permitido vir e receber” [Mekhilta]
Eles estavam prestes a conhecer o Seu Deus. O Senhor ordenou dois dias de preparação por parte da congregação, assim eles perceberiam que Ele queria falar a eles, e que há um período de consagração que antecede o ouvir a Sua voz. Eles tinham que ser purificados, e todas as suas roupas foram lavadas. Eles se privaram das relações sexuais com as suas esposas, porque os seus corações e mentes estavam se preparando para ouvir Deus falar.
Moisés marcou um limite ao pé do monte, que se alguma pessoa ou gado passasse, a penalidade seria a morte. E ao terceiro dia, havia sinais visíveis e audíveis vindo da montanha que causou enorme medo no acampamento.
Êxodo 19:16-18
“E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente”.
Então Deus falou. Ele não só falou ao seu servo Moisés, como aconteceu antes, mas para toda a congregação (Ex 20:1,19; Dt 5:4, 22). Ao invés da trombeta, o povo ouviu a voz do Senhor, embora eles não O vissem. O que eles ouviram é o Decálogo ou os Dez Mandamentos, a que nós nos referimos agora como os Dez Mandamentos. Um depois do outro, do modo mais atemorizador, Deus ditou os Dez Mandamentos.
Tradição Judaica
Antigas tradições judaicas ensinaram que Deus deu os Dez Mandamentos ao ar livre no deserto e declarou isto na língua de todas as nações. Isto era porque as ordens não foram dadas somente a Israel, mas representam um resumo dos deveres humanos, que dizem respeito a todos os homens.
Antes que Deus terminasse de falar, o povo, que estava terrificado, implorou para Moisés intervir e lhes comunicar as palavras de Deus, ao invés de Deus falar a eles. A voz de Deus lhes fez temer a morte, e assim, eles pediram para Moisés entrar adiante, na escuridão, e falar com Deus.
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Moisés subiu na montanha e lá ficou durante 40 dias. As leis que Moisés recebeu de Deus eram a aliança entre Deus e o Seu povo. O registro destas leis é transmitido em mais de três capítulos da Bíblia (Ex 20:22-24:4). Eles trazem leis referentes ao altar, escravos, assassinatos, ofensas civis, direito de propriedade, deveres sociais, éticos, e muitos outros.
Tradição judaica
Quando os judeus deixaram o Egito, foram contadas 7 semanas, e eles estavam recebendo a Lei (Heb. Torah) no Sinai. Deus mostraria a sua vontade na montanha acima de suas cabeças, símbolo de uma cobertura (dossel) de casamento judeu (Heb. Huppah) ficando marcada a imagem de que Deus verdadeiramente se casava com o Seu povo. Os judeus, para comemorar este dia, ainda contam os 49 dias da Páscoa (Pesach) até o Pentecoste (Shavuot) e é chamado de dias de Sephirah. Sephirah vem de duas palavras hebraicas, Sephir (Livro) e Yah (O Nome de Deus).
Quando Moisés voltou à congregação, ele relatou a eles todas as palavras do Senhor, e as várias ordenanças, e eles assim responderam a tudo:
Êxodo 24:3…. “Todas as palavras que o SENHOR disse nós faremos”.
O próximo dia foi um dos mais importante na sua história, porque eles iriam estabelecer uma aliança com Deus. Isto foi contado como o dia no qual “estes escravos hebreus se tornaram uma nação”. Eles tinham recebido uma revelação divina, e responderam a isto entrando na aliança que Deus lhes ofereceu.
A definição Bíblica para Aliança é “um pacto que une duas partes”. A palavra hebraica para aliança é b’rit que quer dizer “estabelecer a aliança”. E a aliança foi estabelecida pelo derramamento de sangue, e por andar entre as duas partes de carne (Gênesis 15). Uma b’rit não pode ser quebrada. Quando se entra em uma aliança, se faz uma solene promessa de amor e de proteção de um para o outro.
Uma Aliança é um acordo que une duas ou mais pessoas, e a Escritura menciona que algumas foram feitas entre homens, como Jacó e Labão, e Davi e Jônatas. Mas a principal aliança foi feita entre Deus e o homem. Este tipo de aliança era distinta de um acordo humano, no qual as duas partes se aproximavam uma da outra em nível igual. Na aliança divina, Deus é o único que pode cumprir a Aliança verdadeiramente, e alcança o homem, como um ato de graça, e faz a Aliança que une, porque a Sua Palavra é um juramento de honra.
![Celebrai a Vida : A Aliança com Deus e Seus Efeitos.](https://4.bp.blogspot.com/-RjvaJjxCnPM/T0PptUmo0kI/AAAAAAAAAZ4/Jhq1VYDC46w/s1600/Alianca-com-Deus.jpg)
O fato de Deus estabelecer uma aliança com o povo de Israel imediatamente após a sua saída do Egito era de grande significado. Eles eram um povo fraco e desmoralizado que anteriormente haviam sido escravos, mas Deus ofereceu a eles uma teocracia poderosa (uma nação com Deus como o Rei invisível). No dia que a aliança foi legalizada, Moisés construiu um altar de pedra ao pé da montanha e ergueu doze pilares, um para cada uma das tribos de Israel. Foram feitos sacrifícios e entre eles foi aplicado o sangue dos animais no altar do SENHOR. Este é o primeiro registro de uma nação fazendo sacrifício de animais.
Depois que o pacto foi realizado publicamente, Moisés leu todo o livro da aliança aos ouvidos do povo. Esta leitura da Lei foi ordenada que se repetisse a cada sete anos publicamente, na Festa dos Tabernáculos. Uma vez mais eles responderam alegremente:
Êxodo 24:7 “E eles disseram, tudo o que o SENHOR falou faremos, e obedeceremos”.
Deus fez a Aliança com o povo, mesmo sabendo que eles quebrariam a sua promessa. Mas novamente a Aliança não dependia do seu desempenho, mas da integridade de Deus. Moisés então aspergiu o povo:
Ex 24:8 “Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o SENHOR tem feito convosco sobre todas estas palavras”.
Depois de subir o monte, Moisés permaneceu na presença divina durante quarenta dias, enquanto lhe eram dadas novas revelações. O registro destes quarenta dias na presença de Deus cobre sete capítulos do Livro de Êxodo (25-31). Ao longo deste período Deus deu instruções a Moisés sobre como os homens deveriam se aproximar d’Ele. E é durante esta revelação que nós nos encontramos pela primeira vez a palavra ‘tabernáculo’ – uma palavra que aparece mais de quatrocentas vezes na Bíblia.
Vash’kanti – mikdash – li – v’assoo – b’tocham
“E me farão um tabernáculo, e habitarei no meio deles”. (possa estar neles).
Pararemos aqui por um minuto. Veremos agora a idolatria e a rebelião.
‘Idolatria e Rebelião’
Quando Moisés demorou a descer do Monte Sinai, o povo incrédulo ficou inquieto. Eles persuadiram Arão a tomar os seus brincos de ouro e outras jóias para fazer um bezerro de ouro para adorar. Quando desceu da montanha, Moisés ficou horrorizado com a idolatria a e rebelião do seu povo. Os filhos de Levi foram leais a Moisés, porém, ele ordenou que eles castigassem os rebeldes (Ex 32:28).
Por causa da sua ira ao bezerro de ouro, Moisés lançou as duas tábuas de pedra com os Dez Mandamentos, e as quebrou ao pé da montanha (Ex 32:19).
‘A Lei é Dada Novamente’
Logo após a rebelião, Moisés subiu novamente para o Monte Sinai. Moisés tinha quebrado as tábuas da aliança em pedaços ao pé da montanha. Depois que Moisés suplicou a Deus, o Senhor falou novamente a Moisés sobre a Lei: Ex 34:1-2 “ENTÃO disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste. E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai, e ali põe-te diante de mim no cume do monte”.
Assim, Moisés recebeu os Dez Mandamentos em uma segunda ocasião:
Êxodo 34:1-4 “ENTÃO disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste…Então Moisés lavrou duas tábuas de pedra, como as primeiras; e levantando-se pela manhã de madrugada, subiu ao monte Sinai, como o SENHOR lhe tinha ordenado; e levou as duas tábuas de pedra nas suas mãos…. E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos. E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que Deus falara com ele”.
Tradição Judaica
De acordo com tradição Rabínica, foram colocadas as primeiras leis referentes a Deus à direita da tábua de pedra, e, à esquerda como a maioria assume, porque o hebraico é escrito da direita para a esquerda. Na tradição judaica, são colocadas as cinco ordens em ambos os lados da tábua.Também é interessante notar que na tradição judaica está o Primeiro Mandamento: “Eu sou o SENHOR teu Deus” em lugar do que normalmente é ensinado no catolicismo romano e tradições Cristãs, “Tu não terás outros deuses diante de mim”.
Também havia centenas de leis determinadas, divididas de três em três:
Leis morais (10 Mandamentos escritos pelo dedo de Deus),
Leis civis (Leis civis e judiciais),
Leis cerimoniais (Sacrifícios, Dias de Festas, etc.).
Sobre o governo Hebraico. . .
“Algumas nações colocam a soberania da Sua terra nas mãos de uma única regra (a monarquia), algumas nas mãos de um número pequeno de regras (oligarquia), e algumas nas mãos de pessoas (democracia). Moisés nosso Mestre nos ensinou a não colocar a nossa fé em nenhuma destas formas de governo. Ele nos ensinou a obedecer a Lei de Deus, para que somente Deus governe. De acordo com o Seu poder, Deus sempre ordenou que o Seu povo elevasse os olhos para Ele, porque n’Ele está todo o bem e todo a provisão para o ser humano, e para cada um em particular, e n’Ele as pessoas encontram auxílio quando elas oram a Ele. Quando passam por sofrimentos, nada lhe escapa da Sua compreensão; nenhum pensamento do coração do homem Lhe é oculto.”
-Flávio Josefo,
Contra Apion, Volume Um.
Quando Moisés entregou a Lei ao povo Hebreu, ele ensinou aos Israelitas que o Senhor esperava que eles fossem pessoas santas, separadas da imoralidade pagã e da idolatria. Deus determinou o sistema religioso centrado no Tabernáculo (o lugar onde o sangue era aspergido na arca), os sacrifícios, e o sacerdócio. Os Levitas eram a tribo sacerdotal, e Arão (o irmão de Moisés) foi o primeiro Sumo Sacerdote. Israel foi numerado e organizado para a guerra. As 12 Tribos foram estabelecidas (os Filhos de Jacó) e foram designados os líderes para cada tribo.
Tradição Judaica
Por que a montanha santa onde a Torah foi dada era chamada Sinai? É porque foi nesta montanha que Moisés (Heb. Mosheh) conheceu o Senhor. O Senhor apareceu a ele no meio de uma sarça ardente que não se consumia. A palavra arbusto em hebraico é “sneh”. De acordo com tradição judaica a palavra Sinai vem de ‘sneh’, e foi o nome dado à montanha por causa do sneh. Nesta montanha, o sneh, se queimou, mas não se consumiu, da mesma forma que a Torah iria iluminar resplendorosamente a muitos, e nunca se consumiria. Exôdo 3:2 “E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.”
Reproduzido pela Comunidade Evangélica Senhor dos Exércitos com autorização
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